Uma delegação de mulheres de toda a Comunhão Anglicana está se preparando para, novamente, representar a Igreja na Comissão sobre a Situação da Mulher das Nações Unidas. Os encontros da Comissão serão on-line, de 14 a 22 de março. A Igreja Episcopal Anglicana do Brasil (IEAB) tem uma representante, a bispa Marinez Bassotto.
Comunhão Anglicana
A Comunhão Anglicana sempre envia uma delegação a essa Comissão da ONU, na qual estados membros das Nações Unidas, organizações da sociedade civil e ONGs de todo o mundo se reúnem para discutir “como alcançar a igualdade de gênero e ampliar o empoderamento de todas as mulheres e meninas”. A Comissão deste ano vai tratar de como esses objetivos podem ser alcançados em um cenário de mudanças climáticas e desastres ambientais.
Rachel Mash, coordenadora ambiental da Igreja Anglicana para a África Austral, e uma das delegadas, disse que, embora a crise climática afete a todos, mulheres e meninas são afetadas de forma desproporcional. “As mulheres são, muitas vezes, as primeiras a passar fome quando a comida é escassa; elas carregam o maior fardo no abastecimento de água ou combustível e são mais propensas a morrer em desastres naturais”, explicou.
Para Mandy Marshall, diretora de Justiça de Gênero para a Comunhão Anglicana, “a situação pode piorar para mulheres e meninas, pois sua vulnerabilidade vem aumentando”.
Amplitude de experiência
A delegação é composta por mulheres de toda a Comunhão Anglicana. Na oportunidade, elas irão compartilhar tanto seus conhecimentos e pesquisas teológicas sobre os temas propostos, quanto suas experiências vividas de justiça climática e de gênero.
“Participar como representante do Brasil, desde a Amazônia, é uma oportunidade para dar visibilidade ao que vivenciamos em nosso contexto local. Mudanças climáticas e igualdade de gênero são temas que não podem ser dissociados, uma vez que impactam diretamente mulheres e meninas – só que com muito mais voracidade. A IEAB, através do Serviço Anglicano de Diaconia e Desenvolvimento (SADD), tem trabalhado na prevenção e no enfrentamento da violência contra mulheres e meninas há vários anos, buscando fortalecer as lutas das mulheres para a superação das desigualdades e das violências. Por isso, acredito que temos muito a contribuir nesta discussão”, declarou a bispa Marinez.
Foto: Reprodução Anglican News
