A nossa IEAB esteve devidamente representada nas atividades do Fórum Social Pan-Amazônico (FOSPA), que este ano está em sua 10° edição.
O Fórum foi dividido por casas temáticas, as Casas dos Saberes e Sentires, construídas coletivamente a partir das linhas centrais, dialogadas e aprovadas pelo Comitê Internacional do FOSPA. Na Casa dos Povos e Direitos, juntamente com outras organizações, a IEAB ajudou a construir o Tapiri Ecumênico e Inter-religioso.
Tapiri é uma palavra indígena, que significa “Palhoça onde se abrigam caminheiros/as”. E foi a partir deste significado que o grupo promoveu o diálogo inter-religioso entre organizações que atuam na Amazônia legal e na Pan-Amazônia, fortalecendo as lutas pela promoção e garantia dos direitos dos povos da Amazônia e o combate aos fundamentalismos religiosos e políticos.
No dia 30 de julho, o reverendo Bruno Almeida, do Centro de Estudos Anglicanos (CEA), mediou um debate que versou sobre a temática “Promoção do Diálogo Ecumênico e enfrentamento aos fundamentalismos religiosos”. O bate-papo contou com a participação de outro anglicano, o reverendo Cláudio Miranda, da Diocese Anglicana da Amazônia, e a alglicana Isabel de Oliveira, que pertence ao povo dessano e integra Associações das Mulheres Indígenas do Alto Rio Negro. Além deles, também estavam na conversa Mãe Mametu Nangetu, do Comitê Inter-religioso do Estado do Pará, e Juscelio Pantoja, educador Popular do Centro Alternativo de Cultura.
“Essa mesa foi pensada, organizada e coordenada pela IEAB, no âmbito das atividades autogestionadas do FOSPA. A ideia foi trazer a temática do fundamentalismo religioso para a mesa de debate. Precisamos falar disso com cada vez mais frequência, à medida que os fundamentalismos avançam”, pontuou Bruno. “Esse momento teve como objetivo promover um diálogo com diferentes lideranças religiosas sobre o enfrentamento aos fundamentalismos religiosos, fenômeno este que tem aprofundado as violências, principalmente contra os povos indígenas, comunidades tradicionais e as religiões de matriz africana na Amazônia”, acrescentou.
As seguintes organizações baseadas na fé ajudaram a construir coletivamente o Tapiri Ecumênico e Inter-religioso: Cese, Feact, PAD, Rede Igrejas e Mineração, Igreja Evangélica de Confissão Luterana/Belém, Igreja Episcopal Anglicana do Brasil – IEAB, Repam, Rede Amazonizar, Comin, Cimi, Caic, CPT, Comitê Dorothy e KOINONIA.