Nota de denúncia contra o genocídio do Povo Yanomami

“Pois quem não ama a sua irmã ou seu irmão, ao qual viu, como pode amar a Deus, a quem não viu?” (1 João 4.20)
Nós, da Igreja Episcopal Anglicana do Brasil (IEAB), em presença solidária e respeitosa junto aos Povos Originários em diferentes partes do território nacional, fazemos nossas as palavras da Associação de Mulheres Indígenas do Alto Rio Negro em Manaus-NUMIÃ Kurá:
“Denunciar é ato de amor pelo bem viver dos povos originários. Unidas queremos manifestar nossa indignação e solidariedade diante da grave situação que vive o povo Yanomami. Onde a vida e o cuidado são em primeiro lugar.
Esperamos que os governos municipais, estaduais e federais possam sanar essa lacuna que ficou no desgoverno anterior e que apoiou os projetos predatórios como o garimpo ilegal e desmatamento na região amazônica.
Todo nosso apoio a todo o povo Yanomami do Estado de Roraima que carrega dentro de si a vida como guardiões da floresta amazônica.”
Reafirmamos, junto a nossas irmãs, o apoio a todas as políticas públicas que buscam garantir os direitos humanos e ancestrais dos Povos Originários do Brasil, e nossa rejeição a qualquer desrespeito aos territórios sagrados e ancestrais de cada povo, conforme estabelece a Constituição de 1988.

Também assinam essa nota:

Associação de Mulheres Indígenas do Alto Rio Negro em Manaus-NUMIÃ Kurá
Comissão de Direitos Humanos da Diocese Anglicana do Paraná
Comissão Nacional de Incidência Pública, Direitos Humanos e Combate ao Racismo
Departamento de Advocacy da Diocese Anglicana de Brasília
Pastoral dos Povos Originários da Diocese Anglicana de Pelotas
Pastoral Indigenista Anglicana da Diocese Meridional
Secretaria de Ação Social da Diocese Anglicana da Amazônia
Serviço Anglicano de Diaconia e Desenvolvimento
Marinez Bassotto, bispa Primaz da Igreja Episcopal Anglicana do Brasil