Bispa Marinez Bassotto participa da Consulta Anual da USPG

Nossa bispa primaz, Marinez Bassotto, participou, no continente africano, da Consulta Anual da United Society Partners in the Gospel (USPG) sobre “O Chamado da Igreja contra o Tráfico Humano”. A atividade foi em Dar es Salaam, na Tanzânia.
Com o tema Set my people free (Liberta o meu povo), a consulta iniciou no dia 28 de janeiro e encerrou no dia 3 de fevereiro. “Foram dias intensos de escuta, reflexão, partilha e discussão a respeito do tráfico humano e escravidão moderna”, disse Marinez.
A seguir, compartilhamos um breve relato escrito pela bispa Marinez:
“Na Consulta da USPG sobre tráfico humano, fizemos uma visita à Catedral de St. Albano, em Zanzibar. Este era o local onde ficava o mercado de escravos da África Oriental.
O poste de açoitamento era onde hoje é o altar da Catedral.
Também tivemos a oportunidade de ver as masmorras onde ficavam confinadas, em um lado, cerca de 50 mulheres e 25 crianças e, de outro lado, 50 homens. Muitos morriam sufocados neste lugar claustrofóbico e seus corpos eram deixados para serem arrastados pela correnteza.
Todo esse espaço, hoje, faz parte de um museu que conta a terrível história do tráfico humano e da escravidão. As esculturas e demais locais e objetos ali expostos estão para nos lembrar que as atrocidades cometidas no passado continuam a existir hoje e que frente a elas não podemos nos calar, com elas não podemos compactuar.
Ao final desta visita, todas nós compartilhamos de um mesmo sentimento de dor, revolta e pesar.”

Contexto

Representantes de toda a Comunhão Anglicana estiveram, assim como a bispa Marinez, em Dar es Salaam para participar da consulta. “Acreditamos que, se trabalharmos juntos como uma comunhão de igrejas, podemos fazer uma diferença real – ajudando a transformar vidas, famílias e comunidades, devolvendo o arbítrio, autonomia, liberdade e prosperidade às pessoas”, informou a USPG em comunicado oficial.
A consulta tentou oferecer uma oportunidade para as lideranças da Comunhão Anglicana refletirem sobre o tráfico humano contemporâneo por meio das vozes e experiências daquelas pessoas que trabalham para combatê-lo.
A consulta também proporcionou oportunidade para que os representantes das províncias se reunissem em oração e comunhão, aprofundando relacionamentos entre si e com a USPG.