Bispa Marinez no Canadá: Sínodo da Diocese de Huron e 11º Círculo Sagrado

Entre o final do mês de maio e início de junho, a nossa bispa primaz, Marinez Bassotto, esteve no Canadá para algumas agendas. Dentre elas, destacamos duas:
A primeira foi visita para a Diocese de Huron e participação na abertura do Sínodo Diocesano. A Diocese de Huron e a Diocese Anglicana da Amazônia (da qual a bispa Marinez é bispa diocesana) têm uma caminhada de companheirismo que completará 10 anos em 2024. “A visita na Diocese de Huron e participação na celebração de abertura do Sínodo Diocesano foi uma oportunidade de fortalecer os laços de companheirismo e aprofundar o planejamento de ações conjuntas. Tempo maravilhoso de alegria, convívio, de partilha, e de rever pessoas queridas”, explicou a bispa. 

Nos dias em que esteve na Diocese, Marinez teve a oportunidade de se reunir com o Comitê de Companheirismo, acompanhou o bispo Todd Townshend na visita à Capela Real dos Moicanos (Royal Chapel of the Mohawks), e teve a oportunidade de conhecer o bispo Lusa Nsenga Ngoy, bispo de Willesden, Diocese de Londres, Reino Unido.
Outra atividade em que ela esteve presente foi no 11° Círculo Sagrado Indígena Anglicano, um encontro nacional de anglicanos e anglicanas indígenas que se reúnem para orar, adorar, discernir e tomar decisões. Na oportunidade, o arcebispo Christopher A. Harper foi instalado como arcebispo Nacional Indígena Anglicano e Ancião Presidencial do Círculo Sagrado. Na prática ele vai desempenhar o papel de “supervisão pastoral” sobre todas as pessoas anglicanas indígenas. Anteriormente, Christopher serviu como bispo diocesano de Saskatoon.

Construir comunidades resilientes

“Estar no Canadá para participar do 11º Círculo Sagrado foi uma experiência transformadora e uma honra. Quero expressar minha sincera gratidão por todo o aprendizado e fantástica oportunidade de perceber quantas conexões existem entre os povos originários em todas as partes do mundo. A atmosfera foi, desde o início, de profunda sacralidade, unidade, discernimento e respeito mútuo. Foi uma experiência verdadeiramente inspiradora e fortalecedora. Pude testemunhar a resiliência e a força das primeiras nações e sua linda caminhada na construção de sua autodeterminação, bem como compromisso da Igreja naquele país em relação à construção de um ministério de reconciliação”, disse.
“Valorizar os povos originários, seus conhecimentos ancestrais e sua conexão profunda com o meio ambiente e com a sacralidade da Criação de Deus (nossa mãe Terra) é essencial para construir um novo tempo. Os povos originários são chaves no enfrentamento aos desafios ambientais e sociais, e para frenar as mudanças climáticas que enfrentamos globalmente. Ao abraçar a diversidade cultural, estamos construindo pontes de solidariedade e respeito mútuo. Saio do 11º Círculo Sagrado Anglicano Indígena com o coração cheio de esperança e inspiração. De minha parte, continuarei a envolver nossa Igreja na estreita colaboração com os povos indígenas, buscando formas de promover sua autonomia, proteger seus direitos e preservar sua rica herança cultural e espiritual, numa caminhada conjunta de respeito e solidariedade”, acrescentou Marinez.