Estimadas irmãs e irmãos da Igreja Episcopal Anglicana do Brasil (IEAB), amigas e amigos dos Movimentos Ecumênicos e Inter-religiosos, e todas as pessoas de amor e boa vontade.
“Pois saibam que Javé lhes dará um sinal: a jovem concebeu e dará à luz um filho, e o chamará pelo nome de Emanuel.” (Isaías 7:14)
Jesus Cristo nasceu há mais de dois mil anos, mas sua história continua a ser contada e celebrada todos os anos. A Celebração do Natal é uma oportunidade para refletirmos sobre o significado do nascimento de Jesus para nossas vidas. Natal é tempo de esperança, todo o nascimento é repleto de esperança, quando um bebezinho nasce, traz consigo a semente de novas possibilidades, traz consigo a semente de um novo tempo. Foi assim também o nascimento de Jesus, encheu de esperança as vidas dos pastores, dos magos, de Maria e José, de Simeão e Ana, e de todas as pessoas que aguardavam a vinda do Salvador.
A esperança é dom de Deus, é um dom que nos dá força para superar as dificuldades e nos motiva a seguir em frente. É um dom que abre os nossos olhos e os nossos corações, abre as nossas vidas.
O nascimento do menino na manjedoura de Belém, aos olhos da humanidade, nada tinha de incomum, mas os olhos da esperança puderam ver o que havia de extraordinário naquela cena corriqueira. O que torna o nascimento de Jesus extraordinário é que ele é o cumprimento da promessa de Deus de enviar um Salvador ao mundo. O nascimento de Jesus não é apenas um evento histórico que aconteceu há milhares de anos, é também um evento transformador que ressignifica nossas vidas e a vida da humanidade.
Ao fazermos memória daquela primeira noite, do nascimento temporal de Jesus, e proclamarmos que ele segue nascendo nos lugares onde há exclusões, vulnerabilidades e violências, que ele segue nascendo na vida do mundo e em nossos corações, que ao nascer em nossos corações ele nos transforma por dentro, nos torna pessoas novas, capazes de amar, perdoar e servir às demais, estamos afirmando que o nascimento de Jesus nos desafia, nos confronta e nos convoca.
O nascimento de Jesus nos desafia a viver de acordo com os seus ensinamentos, nos desafia a amar todas as pessoas, sem distinção. Nos confronta com as mazelas e desigualdades da humanidade – este ano de 2023 tem sido um ano de lágrimas, de dores, de incertezas, ano de intermináveis guerras. A terra onde Jesus nasceu sofre e chora a morte de suas crianças.
O nascimento de Jesus nos convoca a um compromisso com o mundo, é
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um convite à paz, à justiça, à solidariedade e ao amor. Em um mundo onde a violência e a desigualdade são cada vez mais presentes, o nascimento de Jesus nos lembra que Deus é amor e que a paz é possível. Em um mundo onde a fome e a miséria são uma realidade para milhões de pessoas, o nascimento de Jesus nos lembra que Deus é misericordioso e que a justiça é necessária. Em um mundo onde a intolerância, a discriminação e a violência são uma ameaça à convivência humana, o nascimento de Jesus nos lembra que Deus é Amor, e que esse amor é essencial.
